Palavras de Briga
Todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Mateus 5:22
Jorge e Alberto, de frente para a mãe deles, estavam no quintal.
– Qual foi o problema? – perguntou ela.
– Jorge acabou com a minha bicicleta – disse Alberto.
– Sem querer passei por cima de um prego. Vou consertar o pneu – respondeu Jorge. – Vai ficar bom como um novo.
– Não vai! – argumentou Alberto. – Ele precisa conseguir um novo. – E virando-se para Jorge, disse: – Eu te odeio, seu destruidor de bicicletas!
– Você percebeu que acaba de matar seu irmão? – perguntou a mãe.
– O quê? Eu nem toquei nele. A senhora disse que não era para a gente brigar, e não briguei. A senhora disse que não era para a gente fugir, e não fugi. Eu o enfrentei e disse exatamente o que pensava dele. Ele é um destruidor de bicicleta, e eu o odeio! Isso foi tudo o que fiz. Não o matei!
– Mas sentiu vontade – insistiu a mãe. – A Bíblia diz que se queremos fazer uma coisa má, aos olhos de Deus é como se a tivéssemos feito. Você não a praticou com os punhos, mas brigou com palavras. Palavras de briga não solucionam nada. Acho que Jesus ficou muito triste com o que você disse há pouco.
Alberto ficou tão chocado com o que sua mãe acabava de dizer, que não soube o que fazer e saiu chorando. Naquela noite, não sentiu vontade de comer. Ainda estava furioso com seu irmão; além disso, sabia que sua maneira de lidar com o conflito estava errada.
Mais tarde, seu pai sentou-se na cama dele e disse:
– Alberto, o que é que você deve fazer quando pratica algo errado?
– Pedir que Deus me perdoe?
– Sim, mas não é só. Que mais?
– Pedir desculpas ao Jorge?
– Está certo – concordou o pai. – Vamos lá. – Ele ajoelhou-se ao lado da cama. Alberto levantou-se e fez a mesma coisa.
Depois de pedir perdão a Deus, foi correndo ao quarto de seu irmão e disse:
– Sinto muito ter ficado furioso com você e dito todas aquelas coisas.
– Está tudo bem – disse Jorge.
De repente, Alberto sentiu-se melhor.
Mantendo a Amizade
Brigar com palavras é tão ruim como brigar com os punhos. Não é dessa maneira que os cristãos devem lidar com os conflitos.